Parábola do Grão de Mostarda

Redator: Luiggi Cavalcanti (NEPE FEPB)

“O reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que um homem recebeu e semeou em seu campo. O qual é, de fato, a menor de todas as sementes; porém, quando cresce, é a maior das hortaliças e torna-se árvore, de modo que as aves do céu venham e aninham-se em seus ramos.” (Mt 13:31-32)

Jesus conta essa parábola como resposta a uma grande dúvida, a uma grande objeção do povo da época. Eles acreditavam que o Messias, quando chegasse, traria e instalaria automaticamente um mundo de paz, um paraíso. Eles não compreenderam o fato de que, após a crucificação de Jesus, o mundo continuasse com as injustiças e os problemas.

Objeção: Se ele era o Messias, por que não resolveu tudo de uma vez só?

– Contribuições dos presentes:

1) Tudo demanda um tempo, pois a natureza opera em ciclos;

2) Nosso foco, muitas vezes, é um pouquinho mais superficial, somente na casca e nos esquecemos do centro e do que fazermos, efetivamente, para vivificar essa semente;

3) O reino dos céus não é um lugar circunscrito, isto é, não é um lugar físico que somente desfrutaremos após a morte física, mas sim algo que está dentro de nós e que é necessário cuidar!!

4) Pode-se dizer que é a centelha divina que está na intimidade do nosso Espírito e que se desenvolve através das tribulações da vida;

5) Conforme colocado pelo Espírito Humberto de Campos no livro Boa Nova, “o reino dos céus é a construção no coração dos homens”. Essa construção, análoga a uma construção física, demanda alguns pré-requisitos, a saber:

Planejamento;

Trabalho;

Materiais;

Vontade;

Aristóteles trouxe essa contribuição, dizendo que está em nós em potência dormente, num estado latente. As dificuldades, portanto, seriam os adubos, o sol, a água, os elementos necessários para o crescimento desse nosso grão de mostarda rumo a uma grande árvore!

6) Com relação às aves pousarem e fazerem os seus respectivos ninhos, entendemos como fruto meritório do nosso melhoramento interior, do desenvolvimento genuíno dessa semente em planta, para posteriormente ajudarmos os próximos;

– Conclusão: Para que a mostarda se transforme em hortaliça, faz-se imperioso entender o espírito de sequência da natureza. Nada é de um dia para o outro. É necessário o trabalho íntimo de cada um para a floração maravilhosa dessa semente, culminando na edificação do reino dos céus em nossos corações. Finalmente, segundo a veneranda Joana de Ângelis: “Não há cristificação sem crucificação”. Portanto, trabalhemos duro na seara do bem, entendendo que as dificuldades são adubos para as nossas grandes sementinhas de mostarda e que chegará o dia em que transforma-se-ão em grandes e robustas árvores!